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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O que é hepatite?

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Hepatites A, B, C, D, e E

Hepatites A, B, C, D e E

Questões: 
Discentes: Águida, Aline, Cristiane, Jéssica, Natalya e Verônica




1-    Hepatite A é uma doença viral aguda, de manifestações clínicas variadas, desde formas subclínicas, oligossintomáticas e até fulminantes. Qual é o seu período de transmissibilidade?

A)   Desde a segunda semana antes do inicio dos sintomas até o final da segunda semana de doença.
B)   Os pacientes multibacilares podem transmitir a infecção enquanto o tratamento especifico não for iniciado.
C)   Enquanto houver lesões.
D)   Para efeito de controle, considera-se que esse período se estende de 5 dias após o contato com um doente.
E)   Dura enquanto houver eliminação do V. cholerae nas fezes, o que ocorre, geralmente, até poucos dias após a cura.
R= “ A”

2-    Qual é o período de incubação da Hepatite A?

A)   Varia de 15 a 45 dias, média de 30 dias.
B)   Em média, 2 a 7 anos.
C)   Desconhecido.
D)   De algumas horas a 5 dias.
E)   Em média 5 a 10 dias.


R= “A”
1-    Qual é o agente etiológico da Hepatite A?

A)   Mycobacterium leprae
B)   Vírus da Hepatite A (HAV)
C)   Vibrio choleral
D)   Bordetella pertussis
E)   Todas as alternativas estão erradas
R= “B”

Quanto à hepatite C, assinale a opção incorreta.
A. É doença endêmica e a maioria dos indivíduos infectados evolui para hepatite crônica.
B. A transfusão sanguínea e o uso de drogas endovenosas são os principais meios de transmissão da hepatite C.
C. O anticorpo contra o vírus da hepatite C (anti-HCV) é útil para triagem e indica infecção presente ou passada.
D. Se o anti-HCV for positivo e a pesquisa do RNA do HCV resultar positiva, a biópsia hepática é dispensável para determinar a indicação terapêutica.
E. A genotipagem do HCV é importante para avaliar a opção terapêutica e o tempo de tratamento.
RESPOSTA: D



~  ~

1-Qual a decrição da doença Hepatite B?
A- Doença viral de forma assintomática ou sintomática
B- Doença infecciosa
C- Infecção aguda
D- Infecção respiratória

2-Qual o reservatório da doença Hepatite B?
A Plantas
B- Barbeiro
C-Caramujos
D-O Homem

3-Como é transmitida a Hepatite B?
A-Via sexual
B- Transfusões de sangue
C-Procedimentos médicos
D-Pela transmissão vertical(Mãe e filho)
E-Todas as alternativas estão corretas.

Gabarito- 1-A 2- D 3- E

______________________



1- Quanto à hepatite E, assinale o que é certo:
a. Durante o tratamento, o paciente deve fazer restrição do álcool e de gorduras por um período mínimo de 6 meses.
b. O tratamento específico da forma aguda além de tratar a doença oferece maior conforto ao paciente por aliviar os sintomas.
c. É muito similar a hepatite b em seus sintomas e no modo de transmissão.
d. É feita a recomendação de dietas pobres em lipidios e ricas em proteínas para os doentes.
e. NDA

2. Quanto as medidas de controle da hepatite E, assinale o incorreto:
a. A vacina não existe na rede pública, porém já é comercializada.
b. Incluem a notificação de surtos e cuidados com o paciente.
c. O incentivo à práticas de higiene é uma das medidas preventivas.
d. Um dos cuidados com o paciente inclui o afastamento do mesmo de suas atividades normais.
e. Em casos de crianças doentes, devem ficar adaptadas temporariamente da creche, por duas semanas após o início da doença

Repostas: 1- e 2- a 

Hepatites A, B, C, D e E

Resumo:

Discentes: Águida, Aline, Cristiane, Jéssica, Natalya e Verônica. 

Hepatite A

Aspectos Clínicos e Epidemiológicos
Descrição: Doença viral aguda, de manifestações clínicas variadas, desde formas subclínicas, oligossintomáticas e até fulminantes. Os sintomas se assemelham a uma síndrome gripal, porém há elevação das transaminases. O quadro clínico é mais intenso à medida que aumenta a idade do paciente.
No percurso de uma hepatite típica, há vários períodos:
Incubação
Prodrômico
Ictérico
Convalescença

Agente etiológico: Vírus da Hepatite A

Reservatório: Principalmente o homem, também primatas, como chimpanzés.

Modo de transmissão: Fecal-oral, veiculação hídrica, pessoa a pessoa, alimentos contaminados e transmissão percutânea.

Período de transmissibilidade: Desde a segunda semana antes do início dos sintomas até o final da segunda semana de doença.

Complicações: A forma fulminante apresenta letalidade elevada ( 40 a 80% dos casos); complicações no fígado.

Diagnóstico: Pode ser clínico-laboratorial, clínico-epidemiológico e laboratorial. Apenas com os aspectos clínicos, não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessário a realização de exames sorológicos.

Diagnóstico diferencial: Hepatite por vírus B, C, D ou E; infecções como: febre amarela, malária, dengue.

Tratamento: Não existe tratamento específico para a forma aguda. Como recomendação geral, orienta-se repouso relativo e uma dieta balanceada de acordo com cada indivíduo.

Características epidemiológicas: A Hepatite A tem distribuição universal e apresenta-se de forma esporádica ou de surto. Tem maior prevalência em áreas com más condições sanitárias e higiênicas.

Vigilância Epidemiológica
Objetivos: Conhecer a magnitude, tendência e distribuição da doença, por faixa etária e áreas geográficas. Detectar, prevenir e controlar surtos, adotando e avaliando o impacto das medidas de controle.

Notificação: Todos os casos suspeitos ou confirmados e os surtos devem ser notificados e investigados.

Medidas de Controle: As medidas de controle incluem a notificação de surtos e os cuidados com o paciente. A notificação é importante para que se desencadeie a investigação das fontes comuns e o controle da transmissão por meio de medidas preventivas. Os cuidados com o paciente incluem o afastamento do mesmo das atividades normais

Hepatite B


É uma doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática
(até formas fulminantes). As formas sintomáticas são caracterizadas
por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga,
artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão
a alguns alimentos e ao cigarro. A icterícia, geralmente, inicia-se
quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colúria e hipocolia
fecal. 
Na forma aguda, os sintomas vão desaparecendo paulatinamente.
Algumas pessoas desenvolvem a forma crônica mantendo um processo inflamatório hepático por mais de 6 meses.
Agente etiológico - Vírus da Hepatite B (HBV).
Reservatório - O homem. Experimentalmente, chimpanzés, espécies
de pato e esquilo.
Modo de transmissão - O HBV é altamente infectivo e facilmente
transmitido pela via sexual, por transfusões de sangue, procedimentos
médicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de
biossegurança, pela transmissão vertical (mãe-filho), por contatos íntimos
domiciliares (compartilhamento de escova dental e lâminas de
barbear), acidentes perfurocortantes, compartilhamento de seringas e
de material para a realização de tatuagens e piercings.
Período de incubação - De 30 a 180 dias (em média, de 60 a 90 dias).
Complicações - Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas
complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea,
encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular.

Diagnóstico - Clínico-laboratorial e laboratorial. Apenas com os
aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos.

Tratamento - Não existe tratamento específico para a forma aguda.
Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido.
Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até, praticamente, a
normalização das aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em
carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais
agradável para o paciente anorético. A única restrição relaciona-se à ingestão
de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo preferencialmente
por 1 ano. Medicamentos não devem ser administrados
sem recomendação médica, para não agravar o dano hepático.
Características epidemiológicas
Estimasse que o HBV seja responsável por 1 milhão de mortes ao ano e que existem, no mundo 350 milhões de portadores crônicos. Para estudo da doença classifica-se as regiões como de baixa moderada e alta endemicidade, onde grupos populacionais passam a ter maior risco devido à comportamentos sexuais inadequados, uso de drogas e ainda em profissionais e paciente relacionados a hemodiálise.
Medidas de controle

As meninas mais importantes incluem: profilaxia pré e pós exposição; uso individual e descarte adequado de seringas e agulhas; vacinação, disponível no sistema único de saúde, sendo analisada a vulnerabilidade do paciente, o que determinará atitude a ser tomada quando a vacinação. 

HEPATITE C

Descrição:

            Doença viral com infecções assintomáticas ou sintomáticas. As sintomáticas caracterizam-se por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia (dor articular), náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a alguns alimentos e ao cigarro. Pode apresentar também hepatomegalia (aumento do fígado) e Hepatoesplenomegalia ( aumento do fígado e do baço).
             
Agente Etiológico:
Vírus da Hepatite C (HCV)

Reservatório:
O homem

Modo de Transmissão:
1.    Via Parenteral: por transfusão de sangue ou hemoderivados, ocorridos antes de 1993; pessoas que compartilham material para uso de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; tatuagens, piercings e outras formas de exposição percutânea.
2.    Sexual: principalmente, pessoas com múltiplos parceiros e com práticas sexuais de risco acrescido ( sem uso de preservativos).
3.    Perinatal: no momento do parto ou logo após, já a transmissão intrauterina é incomum.

Período de Incubação:

De 15 a150 dias.

Período de Transmissibilidade:

1 semana antes dos sintomas e mantém-se enquanto o paciente apresentar RNA – HCV detectável.

Complicações:
      Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas complicações (EX: Hemorragia digestiva) e Carcinoma hepatocelular.


Diagnóstico:

      Clinico – laboratorial. Somente com a observação dos aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos.

Diagnóstico Diferencial:

      Hepatites (A,B, D e E); Leptospirose, Febre Amarela, Malária, Dengue, Sepse, Uso abusivo de álcool/ alguns medicamentos e substâncias químicas.


Tratamento:

ü  Repouso relativo até a normalização das aminotransferase;
ü  Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos, por ser agradável ao paciente anorético;
ü  Restrição à ingestão de álcool;
ü  Na Hepatite Crônica, segundo o grau de acometimento hepático, devido à alta complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele deve ser realizado em serviços especializados ( média e Alta Complexidade do SUS).

            Características Epidemiológicas:

Estima-se que existam 170 milhões de pessoas infectadas em todo mundo. No Brasil, com base em doadores de sangue, a prevalência do anti- HCV nas diversas regiões foi de 0,62% no Norte; 0,55% no Nordeste; 0,43% no Sudeste; 0,28% no Centro Oeste e 0,46% no Sul. (ANVISA, 2002)

Vigilância Epidemiológica:

Todos os casos devem ser notificados e investigados.

ü  Definição de Caso (Investigação)

Suspeita Clinica

Suspeito com  marcador sorológico reagente
Sintomático ictérico
Doador de sangue
Sintomático anictérico
Individuo assintomático com marcador reagente para Hepatite viral C
Assintomático
Caso confirmado




                              Medidas de Controle:
                        Não há vacina, nem imunoglobulina para Hepatite C, por isso aos portadores crônicos são recomendadas as vacinas contra Hepatite A e B, se forem suscetíveis.
                        Deve-se estimular o uso de preservativos.
                        Para evitar a possibilidade da transmissão vertical (mãe – filho) e pelo aleitamento materno, o cuidado inicial é para com as mães infectadas pelo HCV.
 ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS
Descrição - Doenca viral aguda que pode evoluir para forma cronica,
apresentar-se como infeccao assintomatica, sintomatica ou como
formas gravissimas, inclusive com obito. O virus HDV ou delta e altamente
patogenico e infeccioso. Pode ser transmitido junto com o HBV
a individuos sem contato previo com o HBV, caracterizando a co-infeccao,
ou pode ser transmitido a individuos ja portadores de HBsAg,
caracterizando a superinfeccao. Excepcionalmente, pode
levar a formas fulminantes e cronicas de Hepatite

Agente etiológico - Virus da Hepatite D ou Delta (HDV).

Reservatório - O homem.

Modo de transmissão - via sexual, solucao de continuidade (pele e mucosa), transfusoes de
sangue, procedimentos medicos e odontologicos e hemodialises sem
as adequadas normas de biosseguranca, transmissao vertical (mae -
filho), contatos intimos domiciliares (compartilhamento de escova
dental e laminas de barbear), acidentes perfurocortantes, compartilhamento
de seringas e de material para a realizacao de tatuagens e piercings.

Período de incubação - De 30 a 180 dias, sendo menor na superinfeccao:
de 14 a 56 dias.
Período de transmissibilidade - Uma semana antes do inicio dos
sintomas e mantem-se enquanto o paciente apresentar HCV-RNA
detectavel.

Complicações - Pode ocorrer evolucao para a cronicidade em ate
79,9% dos casos de superinfeccao. Com isso, ha agravamento das manifestacoes
clinicas e dos quadros bioquimico e histológico. Superinfecção ocorre uma evolução em maior velocidade pra  a cirrose hepatica e, na co-infeccao,
uma maior probabilidade de quadros fulminantes.

Diagnóstico - Clinico-laboratorial. Apenas com os aspectos clinicos
nao e possivel identificar o agente etiologico, sendo necessaria a realizacao
de exames sorológicos.
Formas HBsAg AntiHBc
Formas HBsAg AntiHBc
Diagnóstico diferencial - Hepatite por virus A, B, C ou E; infeccoes
como leptospirose, febre amarela, malaria, dengue, sepse, citomegalovirus
e mononucleose; doencas hemoliticas; obstrucoes biliares;
uso abusivo de alcool e uso de alguns medicamentos e substancias
quimicas.

Tratamento - O tratamento e complexo e, muitas vezes, o paciente
volta a expressar o RNA-HDV no soro. Nao existe tratamento especifico para a forma aguda.

Características epidemiológicas - Em areas endemicas de infeccao
pelo HBV, o estado de portador cronico (HBsAg positivo) constitui
o principal fator para a propagacao do HDV, bem como grupos
de risco acrescido, como usuarios de drogas, hemodialisados e politransfundidos.



VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Objetivos - Controlar as hepatites virais no Brasil, atraves do conhecimento
da magnitude, tendencia e distribuicao geografica e por faixa
etaria, visando identificar os principais fatores de risco e fortalecer
as atividades de vacinação contra a Hepatite B em areas ou grupos de
maior risco.

Notificação - Os casos suspeitos, confirmados e os surtos devem ser
notificados e investigados.
Definição de caso – Suspeita clinica/bioquímica

·         Sintomático ictérico

·         Sintomático anictérico

·         Assintomático


·         Indivíduo assintomático doador de sangue, com um ou mais marcadores reagentes para Hepatite D.

·         Indivíduo assintomático com marcador reagente para Hepatite viral D.

·         Caso confirmado.

MEDIDAS DE CONTROLE

A vacina contra a Hepatite B e uma forma de reduzir a prevalencia da
Hepatite D. O uso de preservativo, não compartilhar seringas, o uso correto das normas de biossegurança. Notificar os casos de hepatite D e encaminha-los encaminhá-los ao serviço de vigilância epidemiológica municipal ou estadual, para completar a investigação e receber assistência médica.


 A hepatite E é uma doença viral aguda autolimitada. Apresenta curso benigno, apresenta-se de uma forma assintomática (usualmente em crianças) ou com sintomas semelhantes à hepatite A, sendo a icterícia observada na maioria dos pacientes. Tem período de incubação que varia de 14 a 60 dias, (média de 42 dias).  Além do período de incubação, possui o período prodômico ou pré-ictérico, ictérico e convalescença.
Tem como agente etiológico o vírus da Hepatite E (HEV),  e o reservatório é o homem, o modo de transmissão é oral-fecal, principalmente através da agua e alimentos contaminados por dejetos. Apesar de ser raro pode ser transmitido por via vertical e parenteral. Duas semanas antes do inicio dos sintomas até o final da segunda semana caracteriza o período de transmissibilidade. Em gestantes, a hepatite E é mais grave, podendo apresentar formas fulminantes. 
O diagnóstico é clínico-laboratorial. Apenas clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessário a realização de exames sorológicos. O diagnóstico diferencial pode ser hepatite por vírus A, B, C ou D. Não existe tratamento especifico para forma aguda, apenas para sintomas. Recomenda-se repouso relativo ate praticamente a normalização das aminotransferases. Com restrição para ingestão de álcool, no mínimo por seis meses.
Sobre as características epidemiológicas, a infecção apresenta-se de forma esporádica e de surtos. E frequente em áreas sem saneamento básico e em instituições fechadas, com baixo padrão de higiene. Frequentemente, as epidemias estão relacionadas a contaminação de alimentos          e reservatórios de água, principalmente apos calamidades publicas.

Na vigilância epidemiológica os objetivos são conhecer a magnitude, tendência, distribuição da doença por faixa etária e áreas geográficas e investigar surtos para a adoção de medidas de controle. Os casos suspeitos, confirmados e os surtos devem ser
notificados e investigados, visando adoção das medidas de controle
pertinentes.  As medidas de controle incluem a notificação de surtos e os cuidados com o paciente. A notificação e importante para que se desencadeie a investigação das fontes
comuns e o controle da transmissão por meio de medidas preventivas.